segunda-feira, setembro 29, 2008

O NADA E O SILÊNCIO EM BECKETT


"(...)Porque os personagens de Beckett, seres errantes que não falam, antes escutam as suas próprias vozes, que não se sabe de onde vêem, para onde vão, parecem por isso falar em play-back, ou melhor, em play-beckett, porque o seu corpo parece não coincidir com a sua voz. São vozes que mergulham no vazio do personagem e o atravessam. Ora essa decallage dialética é um dos princípios fascinantes da relação do actor com a marioneta, num sistema de manipulação à vista. Há por vezes uma sensação de que o actor, em Beckett, está num estado próximo do paroxismo à espera que o personagem lhe sopre ao ouvido, a cada instante, a sua fala (...)

Um dia perguntaram a Beckett se os seus personagens eram condenados à morte. Ele respondeu: “Não, são condenados à vida”. Tais como as marionetas, os personagens de Beckett têm vida intermitente. Não existem… porque são poderosas metáforas da existência. Só vivem na cena. É uma tarde de Primavera. Acabou de chover. Beckett entra em cena a pedalar e diverte-se a fazer gincana por entre as poças de água. Olha para os raios de sol que passam através das nuvens, observa as folhas da árvore, agora mais verdes. Toca a campainha da bicicleta e as luzes apagam."

João Paulo Seara Cardoso


Guardo a imagem de um guarda chuva azul, não muito claro, não muito escuro. Choveu, quase muito, quase Nada.

sábado, setembro 20, 2008

Feiras Novas - Ponte de Lima
























segunda-feira, setembro 08, 2008

minino dança?...


"Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me(...)
Like an apparition
You don't seem real at all
(...)
The way I want to love you
Well it could be against the law
I've seen you in a thousand minds
You've made the angels fall(...)
Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me(...)"

segunda-feira, setembro 01, 2008

Flor