domingo, junho 25, 2006














"...é isto que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer."


David McKee


segunda-feira, junho 19, 2006

Menino Sebastião

Bem vindo lindo Sebastião...o meu primeiro olá para ti são palavras que fogem à realidade do mundo para que um dia te ajudem a lembrar a importância de um primeiro respirar, como esse teu, o quanto é importante sermos os construtores do silêncio, do conforto, do quentinho das ideias e do grande que nos rodeia e que fazemos por estar perto.
Hoje conto-te a primeira de todas as histórias que guardei comigo com o crescer...para que um dia lembres que crescer não é sinónimo de deixar de ser sempre pequenino, que o devemos ser sempre e no todo que vamos construindo. vou-te falar de uma amiga raposa e mostrar-te que nem todas comem galinhas e nem todas são manhosas, falar-te de sonhos e que eles existem, vou dar razão ao "pai e à mãe" que te foram mostrando o que são "laços" do lado quentinho do mundo...
E era uma vez um mundo recheado de gentes, de sol e chuva, de cheiros, de cores, de música, de emoções, de mar, de viagens, de ideias, de amigos e mãos...era uma vez um menino a quem chamaram Sebastião.

"E foi então que apareceu a raposa:- Bom dia, disse a raposa. - Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada. - Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira... - Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita. - Sou uma raposa, disse a raposa. - Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste... - Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda. - Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou: - O que quer dizer cativar ? - Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras? - Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar? - É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços... - Criar laços? - Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um menino inteiramente igual a cem mil outros meninos. E eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, nós vamos precisar um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas se tu me cativares, a minha vida será cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram nenhuma coisa. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu vou gostar do barulho do vento do trigo... "
Antoine de Saint-Exupéry

sábado, junho 03, 2006


Um voo sem destino.
Um poiso que é uma árvore e um céu cinzento de tempestade. Será o dia certo para soltar umas braçadas? A árvore permanece um poiso.

De fugida, tal como o tempo e o contratempo. As definições são apenas momentos e lugares. O tempo? Um pretexto de espaço de existir.
As imagens vão ou simplesmente ficam naquele apeadeiro à espera de novo comboio ou o mesmo comboio, com novos rostos, novos cheiros, novas gentes.
Deixo-me ficar ao último sinal de fecho da porta. Há tempo.